Comunicado | Padre João Seabra

O Padre João Seabra voltou hoje para a Casa do Pai.

A Fundação Maria Ulrich enche-se de gratidão pela vida do Padre João, reconhecida pelos frutos que gerou e gera ainda, através dos seus ensinamentos e dos seus amigos.

A vida do Padre João Seabra cruza-se com a Fundação Maria Ulrich, como fruto da grande amizade que viveu com a Fundadora.

“Conheci pessoalmente a Maria Ulrich quando, estando ainda no seminário, ela me veio convidar para dar formação religiosa na Escola de Educadoras. Impressionou-me desde logo esse seu gesto, pois a minha juventude e a minha inexperiência eram evidentes até para mim. Havia nela a certeza serena das pessoas sábias e a segurança ousada dos grandes educadores, hábeis em reconhecer no outro o que há nele de possibilidade e de promessa e prontos a arriscar a aventura da verificação.
Trabalhar com ela foi um gosto e uma aprendizagem. (…)
Participei ainda em duas grandes iniciativas de Maria, a Casa Veva de Lima e a Fundação Maria Ulrich. Também aí se manifesta a genialidade de com que chamou a estes dois lugares aqueles que foi atraindo para um juízo sobre a vida e sobre a cultura.”[1]

Desde cedo, a inteligência da sua fé vivida como nascente de verdadeira cultura e educação, esteve nos olhos e no coração da Maria Ulrich, que o convocou como membro ativo em muitas das suas iniciativas: foi professor na Escola de Educadoras, sócio fundador da Casa Veva de Lima e impulsionador da Fundação Maria Ulrich, do qual veio a ser Presidente do Conselho de Administração entre 2003 e 2015.

O actual Conselho de Administração da Fundação Maria Ulrich sucede ao que foi por ele presidido. Dele herdámos a sua visão sobre a missão recebida da Fundadora. Um olhar clarividente sobre a realidade que identificava os desafios, projectava no presente os objectivos e rasgava os caminhos de futuro que deviam nortear a Fundação. Mais do que soluções, deixou-nos critérios de discernimento.

Lembrá-lo é cumprir a nossa missão.

Lisboa, 3 de Junho de 2022

[1] Padre João Seabra, in Prefácio a “Encontro com Maria Ulrich no século XXI”