Mais liberdade para as creches, por Catarina Almeida

Artigo publicado no Observador a 21 de maio de 2020.

A actual situação da reabertura das creches tem vindo a ser debatida dentro das famílias, das associações de profissionais e das instituições.

O tema está presente nas conversas e parece difícil chegar a uma solução única. Os pontos de vista divergem e, muitas vezes, as perspectivas e as abordagens são inconciliáveis, podendo ser resumidas numa forma algo simplista, o que pode ajudar a compreender o que está verdadeiramente em causa.

Por um lado, existem exigências complexas dentro das famílias. Há quem esteja a conseguir trabalhar tranquilamente em casa, mas também conhecemos muitas famílias que lidam diariamente com os desafios próprios do acompanhamento de crianças tão pequenas. Por outro lado, as instituições que oferecem respostas sociais e educativas nos três primeiros anos de vida são de natureza muito diferente entre si: existem creches grandes e pequenas, da rede social e de entidades privadas, com mais recursos e com menos possibilidades.

Todos gostaríamos de saber se é bom ou mau abrir as creches, mas essa questão tem algo de ingénuo. A meu ver, a questão que verdadeiramente interessa é: “existem condições para cada instituição decidir se e como reabrir a sua creche?”.

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